Olhe para o lado
Sonhei com a vida futura,
Sonhos impossíveis como diziam.
Tudo quem comanda agora é a tecnologia
- Máquina, robôs - somos
Escravos de tudo isso.
Ajude-me! Dizia o planeta.
E o que todo mundo respondia?
A ignorância tomava conta de todos os corpos,
Ninguém fazia nada, simplismente nada.
A vida foi pouco a pouco se acabando.
Do mesmo jeito que a população
Respondia com ignorância,
O planeta foi ficando sem tolerância.
Começou!
O que era impossível
Se tornou realidade
Olhe para o lado! Veja o planeta!
Sim, este planeta!
Furacões, Guerras e Mortes. Isso é bom?
Pais cometendo crime contra filhos,
Crianças sendo abusadas,
Outros pensando que estão no poder
Para sempre.
Somente isso para me fazer rir
Num momento desse.
O fim está próximo.
Viva com respeito a você e a todos!
O planeta já não aguenta mais ...
Pare com essa ignorância!
Olhe para o lado!
Marcos Roberto Lima
Livro: Teia de Versos
Página: 33
Malvada tecnologia
Cancelou nossa emoção,
Congelou uma paixão.
A gente já não se via,
Mas seu amor à tela fria
Foi que zerou a conexão.
Ama tanto, tanto site,
Já nem liga mais pra mim.
Passa o tempo todo assim:
É só giga e megabites,
Vira o dia e vira a night
Parecendo não ter fim.
Orkut hoje é sua graça;
Vive online por instinto.
Off-line então me sinto.
Sou seu vírus, uma ameaça.
Num delete virei fumaça.
Sou um animal extinto.
Facebook é outra droga,
Pôs você em frente à tela.
Só no micro tem janela.
Na clausura se afoga,
Assim passa sua folga
Sem tirar proveito dela.
Na lixeira agora ando,
Sua memória me excluiu.
Com mais espaço vazio,
Passa a vida twittando.
Sabe todos os comandos,
Mas seu amor tornou-se frio.
Cada dia um mais potente,
Mas vida útil ele não traz;
Só vida micro e nada mais.
Pra viciar é de repente...
A máquina acaba com a gente.
Se bobear, nos tira a paz.
Gilmarinho 16/05/2011
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